sábado, 11 de junho de 2011

Música

Adam Clayton fala sobre o próximo disco e o futuro do U2


O baixista Adam Clayton falou sobre o próximo disco e o futuro do U2 em entrevista ao repórter Brian Hiatt, da Rolling Stone americana. Clayton comentou as crescentes dificuldades de se fazer as megaturnês que se tornaram rotina na vida da banda e lamentou o atraso no lançmento do novo álbum, que vai suceder "No line in the horizon", de 2009, que teve performance decepcionante.
O baixista admitiu que o disco não pegou entre os fãs. Segundo ele, "o single não funcionou e quando o single não funciona, as pessoas não conhecem o álbum". Por isso o número de novas canções no show foi diminuindo conforma a turnê avançava.
A banda já tem material sendo preparado para um novo lançamento, mas as músicas ainda não estão prontas. Boa parte do novo material foi composta enquanto Bono Vox se recuperava de uma cirurgia na coluna, mas não pôde ser desenvolvido pois a turnê consumiu quase todo o tempo da banda - além de projetos paralelos, como a trilha sonora do musical do "Homem-aranha".
Clayton diz que a banda ficou chateada por não conseguir lançar um disco esse ano, mas que adiar para 2012 foi a decisão mais sensata a se tomar. O grupo vai tirar férias em agosto e setembro e começa a trabalhar no material em outubro e novembro, mas não acredita que tenham músicas prontas antes de fevereiro.
Com um disco novo, espera-se que o U2 já pense na próxima turnê. Aos 51 anos, Clayton deixa claro que a idade está começando a cobrar a conta, o que ficou claro na contusão sofrida por Bono durante um ensaio, em maio de 2010, adiando alguns shows da turnê.
"Não se pode fazer previsões quando se está lidando com questões de saúde. E estamos chegando a um ponto no qual existem questões de saúde".
O baixista acredita que uma nova turnê das proporções da 360º só será possível em dois ou três anos. Ele revela que ninguém na banda gosta de tocar em estádios, mas a opção surge nas discussões pois permite turnês mais curtas, uma vez que estádios comportam públicos maiores.
"Se você toca em arenas, leva muito tempo para dar a volta ao mundo, se toca em estádios, pode fazer em dois verões", explica ele, "Não acho que vamos querer fazer outra turnê em estádios, mas não tenho certeza. Se um disco pegar fogo, faremos. Então temos que trabalhar com essa possibilidade. Eu gosto de turnês em arenas. Elas são muito, muito mais fáceis".
The Edge concorda com o colega e diz que vai levar um tempo até alguém pensar na próxima turnê. Ele garante apenas que será bastante diferente. Com infraestrutura gigantesca, a turnê "360º" se tornou a mais lucrativa de todos os tempos, ultrapassando a "Bigger band tour", dos Rolling Stones. Segundo a Billboard, a "360º" deve arrecadar US$ 700 milhões até julho, quando terá suas últimas apresentações nos EUA.
A turnê passou apenas por grandes estádios que pudessem comportar a enorme estrutura do palco, cercado por quatro "patas" de apoio apelidadas como "a garra". O público fica ao redor do palco, localizado no centro do campo.
Sobre o futuro mais distante do U2, Clayton não se vê tocando rock daqui a 10 anos, segundo ele "o rock fica exponencialmente mais difícil de tocar depois dos 65 anos". Ele cita o tipo de música de Leonard Cohen como uma possibilidade.

Sem comentários:

Enviar um comentário